quarta-feira, 5 de outubro de 2016

APRESENTAÇÃO E FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Talvez a melhor definição até agora encontrada para explicar as concreções seja dada pelo Prof. Kenitiro Suguio que, em um de seus clássicos livros-texto da sedimentologia moderna, nos apresenta este tema dentro do capítulo de estruturas sedimentares e no sub capítulo 6.6. Estruturas sedimentares químicas, classifica as concreções ou nódulos, aqui denominadas inclusive como sinônimos.

Neste texto o autor parte da afirmação que grande parte das estruturas químicas são de origem singenética (ou seja, formadas após a total deposição do sedimento que a hospeda) ainda que existam exemplos de estruturas químicas singenéticas, ou seja, aquelas formadas ao mesmo tempo da própria sedimentação das partículas do arcabouço (1).

O motivo para o domínio epigenético das estruturas químicas esta relacionada a fase em que se formam dentro do sedimento, ou seja, a DIAGÊNESE(2), onde ocorrem transformações de origem química e mineralógica no arcabouço alterando e obliterando suas feições primárias. Dentre então este grupo amplo das estruturas sedimentares químicas temos: - as concreções ou nódulos; - estiólitos; - cones - septárias;

(1) O arcabouço de um material sedimentar corresponde a quatro principais componentes que forma seu conjunto: Grão ou partícula
                       Matriz
                      Cimento
                      Porosidade primária

(2) DIAGÊNESE - corresponde a um ambiente onde ocorre uma série de processos que se inicia tão logo as partículas tenham se depositado até a sua total litificação, ou seja, transformação do depósito sedimentar inconsolidado em rocha litificada.

Dentre os processos de diagênese destaca-se:

Compactação
Dissolução
Cimentação
Recristalização

A aplicabilidade do estudo das concreção é amplo e ainda pouco conhecido mesmo pelos próprios geocientistas e cada vez mais que o conhecimento avança estas estruturas parecem que mais prometem revelar potencialidades relacionadas a seu conhecimento.


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