Trechos do livro Elementos de Estratigrafia
Autor: Josué Camargo Mendes
Editora da Universidade de São Paulo, 1984
Vol. 12, 566 pags
ISBN 85-85008-16-4
A partir da análise deste livro emprestado de meu amigo geólogo Márcio Roberto Andrade Magalhães avaliei interessante transcrever aqui os textos deste livro onde são referidos aspectos das concreções de modo que o leitor e curioso no tema possa porventura em seus estudos, tomar suas próprias conclusões e indagações com base no texto original deste importante autor.
Segue então:
Pág. 105 - Capítulo Diagênese e estruturas diagenéticas
Subítem 7.2 - Concreções e Nódulos
As concreções (concretions) e nódulos (nodules) são estruturas encontradas nas rochas sedimentares, que se apresentam com a forma esférica ou elipsóide, isoladamente ou soldadas, variando em tamanho, de milimétricas a decimétricas, ou mesmo maiores, mas sempre diferindo em composição da rocha hospedeira (host rock). Parecem resultar de segregação (segregation) ou metassomatismo.
Os sedimentólogos entendem por segregação uma concentração secundária de constituintes menores do próprio sedimento hospedeiro, resultante de uma redistribuição química dos mesmos. Quanto ao metassomatismo, conforme se esclareceu há pouco, trata-se de um processo químico particular que envolve, frequentemente, a introdução de material estranho ao sedimento ou rocha hospedeiros. Ambos os processos ocorrem, pois, no interior dos sedimentos ou rochas (no que se se distinguem geneticamente as concreções e os nódulos de seixos, calhaus e matacões) e têm lugar na fase diagenética.
Compõe-se essas estruturas de material carbonático, sílex, fosfatos, pirita, óxido de ferro, etc. Há autores que supõe uma origem singenética para algumas delas (caso dos nódulos de manganês que se formam atualmente no fundo do mar, por exemplo); entretanto, parecem ter-se formado na maioria dos casos, pós-deposicionamente, quando os sedimentos ainda não se achavam litificados (diagenéticas) ou após sua litificação (epigenética) (epigenetic) (Pettijohn, 1975).
Um exame detido da inter-relação entre as mesmas e as respectivas hospedeiras e o conhecimento da sua composição pode auxiliar na distinção entre concreçoes ou nodulos diagenéticos e epignéticos. Os primeiros produzem deformação nas lâminas ou camadas envolventes, similares às causadas por seixos; mas há sempre o risco de se deverem tais deformaçao à compactação da matriz contra um corpo resistente (pettijohn, op. cit.).
Os segundos são facilmente reconhecíveis quando os planos de estratificação os atravessam. Na verdade, a gênese dessas estruturas continua a ser matéria de controvérsia em numerosas ocorrências, assim como a própria distinção entre concreção e nódulo.
Pettijohn (op. cit) chama a atenção para a confusão existente na literatura quanto ao uso dos dois nomes. De acordo com muitos autores as concreções possuem, via de regra, uma estrutura interna decorrente do crescimento por acreção, estrutura essa que falta, normalmente, nos nódulos.
Compõe-se essas estruturas de material carbonático, sílex, fosfatos, pirita, óxido de ferro, etc. Há autores que supõe uma origem singenética para algumas delas (caso dos nódulos de manganês que se formam atualmente no fundo do mar, por exemplo); entretanto, parecem ter-se formado na maioria dos casos, pós-deposicionamente, quando os sedimentos ainda não se achavam litificados (diagenéticas) ou após sua litificação (epigenética) (epigenetic) (Pettijohn, 1975).
Um exame detido da inter-relação entre as mesmas e as respectivas hospedeiras e o conhecimento da sua composição pode auxiliar na distinção entre concreçoes ou nodulos diagenéticos e epignéticos. Os primeiros produzem deformação nas lâminas ou camadas envolventes, similares às causadas por seixos; mas há sempre o risco de se deverem tais deformaçao à compactação da matriz contra um corpo resistente (pettijohn, op. cit.).
Os segundos são facilmente reconhecíveis quando os planos de estratificação os atravessam. Na verdade, a gênese dessas estruturas continua a ser matéria de controvérsia em numerosas ocorrências, assim como a própria distinção entre concreção e nódulo.
Pettijohn (op. cit) chama a atenção para a confusão existente na literatura quanto ao uso dos dois nomes. De acordo com muitos autores as concreções possuem, via de regra, uma estrutura interna decorrente do crescimento por acreção, estrutura essa que falta, normalmente, nos nódulos.
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