segunda-feira, 26 de dezembro de 2016



Caprichos de Almeria - Andaluzia

Talvez esta estruturas estejam dentre as mais caprichosas peças de arte da natureza, tamanha a variedade de formas que são encontradas nos sítios geológicos da Bacia Sedimentar de Vera, na região de Almeria, onde também ocorrem as famosas "Cuevas de Almanzora - Antas".

Estas espetaculares concreções foram descobertas em pesquisas na internet e o autor do material disponível é o Sr. Hélios Garcia e podem ser acessadas integralmente e na língua de origem através do link: 

https://echino.wordpress.com/2009/12/23/%C2%BFestuvo-picasso-en-la-loma-de-vera/

Abaixo transcrevo em partes o conteúdo apresentado pelo autor e uso de meus conhecimentos geológicos e das imagens fornecidas para traduzir e compreender pelo menos em teoria os processos formacionais destas estruturas e poder contribuir com o leitor no entendimento da natureza destas preciosidades do mundo natural!!!

Boa leitura!!!!

"...As concreções surgem do ventre da terra como verdadeiras obras de arte surrealista e cada peça surpreende qualquer  aficionado pela natureza.

Dentre as formas mais comuns descritas pelo autor destacam-se os chamados “platillos volantes" e outras mais elaboradas como puzzles, escrituras antigas até com aparências extraterrestre.

A história geológica destas concreções datam do período Mioceno onde na Bacia Sedimentar de Vera estavam submersas em águas de um mar raso e quente ricos em sedimentos marinhos, sobretudo calcáreos. A evolução geológica desde então na região, combinando orogênese das cordilheiras Batidas e a regressão do nível do mar sobre a região modelaram a paisagem como hoje esta apresentada na suas feições maiores.

No ambiente A partir deste ambiente passaram a ocorrer processos posteriores à sedimentação química primária ou singenética à formação da Bacia Sedimentar. Estes processos posteriores ou epigenéticos são genericamente denominados de diagênese e envolvem complexas reação químicas, bioquímicas e físicas que podem sofrer um sedimento durante a diagênese e se processa em subsuperfície.

Neste contexto sedimentar denominado Bacia de Vera – Cavernas de Almanzora - Antas são encontrados uma legião de registros geológicos muito interessantes e peculiares como fósseis diversos, geodos gigante de gesso de Pulpi,  minerais de chumbo, Baritas espetaculares da Serra Almagrera, vidros vulcânicos de "Verita" e as sui generis concreções de Pago da Loma.

No caso das concreções de “la loma”, a diagênese se iniciou abaixo do nível do lençol d´água na época, e as transformações se deram sobretudo a pouca profundidade e em condições de pressão e temperatura muito próximas as superficiais.

Dentre os principais processos diagenéticos que ocorrem estão: cimentação, dissolução, recristalização, substituição.

A formas inusitadas e únicas das concreções de loma parecem refletir justamente este comportamento diagnético à época de nucleação das concreções tem seu  “gérmem recristalizador” muito próximo a superfície freática ou saturada  em sais do meio o que pode ser explicado pelas superfícies muito planificadas dos topos das concreções encontradas in situ e refletindo distintos estratos sobrepostos e afetados pela nucleação dispersas das concreções como em níveis distintos do lençol ao longo do ciclo diagenético das rocha.

Esta variação pode ser apenas de sazonalidade anual (períodos secos e mais úmidos ou muito mais úmidos) onde o nível saturado podia oscilar anualmente alguns decímetros (até 0,5m). Contudo olhando-se numa escala de tempo geológico estas oscilação do nível freático pode se dar de modo mais consistente, ou seja, reflete oscilações mais regionais tais como uma regressão ou transgressão marinha e seus efeitos em todo o conjunto.

A evolução morfogenética da paisagem reveladas por processos diversos, tratou-se de expor à superfície estes estratos afetados por tal processo e deste forma trouxe a luz e aos olhos humanos tais caprichos de formas que tanto encanta aos olhos dos atentos!!!

Ainda sobre as concreções, segundo o autor Hélios Garcia: “...o motor de crescimento das concreções é geralmente a mineralização da matéria orgânica no próprio sedimento ou sedimentos adjacentes. Os elementos a serem precipitados em torno do “germem” são minerais de carbonato e sílica dissolvidos em água que cimentam concentricamente os grãos de sedimentos, preenchendo os microporos unindo-os e crescendo de dentro para fora continuamente a partir do núcleo do “gérmem” e assim formam-se a concreção como unidade coerente, individualizada, sem porosidade, e, portanto, mais resistente do que a camada de areia que inclui hospedeiro.

Podem assumir muitas formas, sendo a mais comum como ovóides (bi-convexa) e em seção longitudinal tem formato círculo quase perfeito. Podem variar em tamanho desde 1 centímetro a mais de 30 centímetros e quando encontradas em porções mais suaves das colinas podem trazer concentração de peixes fósseis.

As formas mais arredondadas resultam de um processo de redistribuição diagenética de carbonatos biogênicos contidos nas areias e que por processos de nucleação concêntrica por meio da difusão de calcita sob camadas sucessivas e crescente de forma centrífuga. Estas concreções também podem ser formadas a partir da redução de sulfatos por bactérias ou atividade microbianas em ambiente redutor.

Muitas vezes, nas formas mais complexas (elipsoides esferas aglutinadas ocorrem certo imbricado ou orientação dos aglutinados, gerando formas espacialmente curiosas como “estradas romanas” ou “peças de quebra-cabeças” dependendo da área explorada.


Outra curiosidade é que sul / sudeste de Loma, é a proximidade de um grande depósito de lava vulcânica preta ocorrem uma região muito rica em cristais vulcânicos tipo “vidros de veritas" formados a uma forte atividade vulcânica posterior  na bacia denominados de “Cabezo Maria”.


AS INCRÍVEIS BOLAS DA ILHA CHAMP ! 

mais um mistério no artico !


Embora bem pequena (cerca de 375km2)a ilha Champ é muito popular entre os turistas que navegam em cruzeiros pelo Ártico em um dos locais mais remotos e incríveis da Rússia. No local há objetos único realmente inusitados, as incríveis bolas gigantes!!!!
Estas pedras ou bolas foram descobertas no Arquipélago por Franz Josef Land por volta do ano 2001. O formato redondo e o tamanho das pedras é algo encantador, mais ao mesmo tempo assustador. Os cientistas até o momento não conseguiram elucidar o motivo da existência dessas pedras. Sob o olhar geológico trata-se de mega concreções de idade mesozóica, onde ocorrem rochas sedimentares e intrusões ígneas (basálticas) associadas.

Alguns destes blocos gigantes observa-se esfoliação esferoidal e possuem dimensões desde o de uma bola de ping-pong até a altura de um homem adulto; 
Algumas encontradas perderam sua forma redonda, devido ao impacto de ventos fortes, temperaturas baixas e água, tornando-se semelhante aos outros pedregulhos.

O processo de derretimento das frentes de geleiras nas últimas décadas promoveram a denudação destes blocos à vista humana e por isso foram descobertas apenas na última década. 

Mais informações disponíveis em:

https://ummaisoumenos.wordpress.com/2014/05/22/as-incriveis-bolas-da-ilha-champ-misterio/











As pedras misteriosas de "Moeraki" 
Otago, Nova Zelândia


Estas concreções notáveis foram formadas dentro de uma camada de sedimentos de leito marinho do período Paleoceno (início do Cenozóico há cerca de 60 milhões de anos) dentro da Formação Moeraki e denominadas como "Moeraki Boulders" ou algo como "pedras de Moeraki", situados na praia de Koekohe em Otago Norte numa das ilhas ao sul da Nova Zelândia.

A origem destas rochas tem sido durante muito tempo tema de lendas e mistérios e por exemplo uma das versões dos povos locais é de que a origem das rochas remete a perda de Arai-te-uru, uma das canoas de vela de grande porte vindas da região distante de Hawaiki (ao sul) em busca de uma pedra verde preciosa, tendo naufragado próximo a Punta Cormorán (Matakaea) onde manteve-se presa aos recifes que hoje se estendem para o mar e esta o casco petrificado da canoa e as pedras arredondadas seriam então canastras ou cestas de enguias, abóboras ou cabaças e kumaras que chegaram a praia após o naufrágio... bem próximo dali e associadas a um rocha proeminente se levanta o corpo petrificado de seu comandante, assim diz a lenda...!!!Outras versões para origem destas estruturas vão desde presença extraterrestre até idéias de tratar de ovos de dinossauros abandonados...
Podem ser conhecidas ainda como "pedras Biliares dos Hooligans", "Gigantes Gobstoppers" ou mesmo "bolas gigantes".

Muitos relatam que estas pedras possuem poder magnético similar a pedra oval que se encontra na Ilha de Pascoa, onde segundo os pascuenses a grande pedra esférica é considerada como Te henua (o umbigo do mundo). 

Por volta de 1848 W.B.D descreu estas estruturas em seu caderno de viagens e deixou os primeiros esboços desta notáveis estruturas, ainda sem um entendimento maior sobre do que realmente se tratava.

Estas concreções são encontradas predominantemente soltas na areia fina da praia de mesmo nome, mas também podem ser vistas ainda dentro de sua matriz original, presas aos sedimentos arenos siltosos que formam as falésias sub verticais que marcam o limite da praia. 

O processo de exposição e erosão costeira pelo retrabalho contínuo das ondas do mar é bem entendido pelos geólogos e até este ponto não há nada de espetacular. Contudo o que torna este geosítio tão especial (e já declarado como uma reserva científica nacional) é propriamente cada indivíduo das concreções que se apresentam na sua grande maioria como esferas quase perfeitas (tipo "balas de canhão") podendo apresentar variações desde formas discóides a ovalares e atingem dimensões que variam de 0,5 até mais de 4,0 mts de diâmetro com peso individual superior a 7 tonelada.

Ocorrem dispersas ao longo de um eixo de 50 metros na praia e ao analisar em maior detalhes estes blocos observa-se um rocha de granulometria fina (silto-argilosa), com mineralogia de argilominerais e cimentação por calcita desde o interior com menor proporção na matriz até uma borda externa onde predomina na composição e resulta numa borda muito dura e cimentada,preservando-as da erosão contínua das ondas do mar. Observa-se ainda na superfície estruturas com linhas ou gretas preenchidas por cimentação calcítica que assemelham-se a carapaças de tartarugas.  

Ainda que as formas esféricas de grande dimensões sejam encontradas apenas nesta praia, as "pedras de Moeraki" não são exclusivas desta localidade e podem também ser encontradas nas praias vizinhas na costa do porto de Hokianga (costa norte a uns 12km), conhecidas como "rochas de Katiki" e também podem atingir até 3 metros de diâmetro.




















Para maiores informações consulte:

https://piramidesdebosnia.com/2013/05/15/las-misteriosas-esferas-de-piedra-moeraki-de-nueva-zelanda/

http://pop-picture.blogspot.com/2013/08/las-misteriosas-rocas-de-moeraki-en.html

Vídeo no you tube:

https://www.youtube.com/watch?v=OB8SgeSHyGI
https://www.youtube.com/watch?v=m6JY2Y6oQs4
http://www.voyagevirtuel.net/nouvelle-zelande/otago/otago-moeraki-boulders-scenic-reserve-177.php



CONCREÇÕES COLORIDAS DE UTAH, USA

Estas concreções únicas são formadas por óxidos de ferro dentro da porção inferior do "Arenito Navajo".
Neste caso, são muito pequenas, da ordem de meia polegada de diâmetro, e aparecem em Grand Staircase-Escalante National Monument Utah, EUA).
Partes fragmentadas destas concreções permitem visualizar a cobertura de óxido de ferro cimentando a superfície das partículas com uma fina crosta muito compacta e de coloração variada de preta a marrom avermelhado, protegendo dos processos intempéricos/erosivos sobretudo por reação química com água das chuvas.

domingo, 25 de dezembro de 2016






CANCHA DE BOCHAS - Argentina

Neste interessante local no Parque Provincial Ischigualasto, província de San Juan, Argentina 

Neste parque, há um setor possível de ser visitado onde ocorre um campo de esferas rochosas de tamanhos variados na sua maioria esferas inteiras e intactas e alguns pontos com as estruturas rompidas ao meio e algumas aglutinadas em pares com pode ser visualizado na porção central da foto.

Estas estruturas são típicas concreções geológicas que se formaram no interior dos sedimentos depositados durante o período Triássico e que com o a evolução do tempo e erosão diferencial dos sedimentos hospedeiros evidenciaram estas concreções como estruturas individualizadas como hoje se apresentam em belíssimos campos de blocos esféricos. 

Outro aspecto muito peculiar desta localidade é que as partículas menores de sedimentos, predominantemente da fração areia, sofrem com a forte erosão eólica neste ambiente tipicamente desértico ( que aliás predomina nesta região argentina), e são arrastados pelo vento e deixam um pavimento enriquecido de forma relativa com partículas de tamanhos maiores (porção central da foto) e geram uma interessante orientação dos seixos no sentido dos ventos predominantes na região, o que por si só já justifica a visita.




Pedras Chapéu: até argentino desconhece!

Na região Argentina de El Calafate, província de Santa Cruz são encontradas estruturas chamadas "chapéus" que ocorrem dentro de rocha sedimentares e compreendem grandes concreções formadas por óxidos de ferro que conferem de fato uma coloração diferencial da matriz e curiosamente pelo capricho da natureza assemelham-se a chapéus! 

Estes óxidos são precipitados em torno dos núcleos ferruginosos que facilitaram a precipitação química em um clássico processo geoquímico favorecido pela água que circula através dos interstícios da rocha detrítica porosa, em geral arenitos diversos. 

Os núcleos ferruginosos originais que facilitaram a precipitação, podem ter diferentes origens, inclusive havendo vários fragmentos de "siderolitos" (= meteorito composto de ferro) que caíram u muito próximos entre si ainda e provavelmente com o sedimentos ainda inconsolidades. 

Situação parecida ocorre em outras partes da Patagônia Argentina onde foram encontrados siderolitos grandes em calcários marinhos explorados para a produção de cimento. 

Estas concreções foram, aproximadamente, de forma esférica e o que se vê neste momento que forma o corpo principal de chapéus, é a parte central da concreção em torno do núcleo, mais cimentada e, portanto, mais resistentes à erosão.

O que parece ser a "asa" de chapéus, é a parte externa de cada realização, menos cimentada e, portanto, mais facilmente removido por erosão com toda a rocha. Em uma das rochas, cuja foto não pôde ser carregado aqui, mas cuja ligação irá apresentar como "comentário" é um "chapéu" quase totalmente eliminados, e seus arredores aparecem anéis Liessegang, que são halos característicos oxidação atividade geoquímica intersticial.








PRAIA DAS BOLAS DE BOLICHE


Na região de Mendocino, estado da Califórnia (EUA) existe uma praia chamada Bowling Ball Beach (Coast Hwy, Point Arena, CA 95468, EUA) onde ocorrem curiosas concreções de grande porte e que podem ser vistas principalmente durante a maré baixa. 

Em último plano aparece falésias de rochas sedimentares e em primeiro plano aparece um conjunto de concreções arredondadas, que são formadas por processos químicos dentro dos sedimentos do sítio local que posteriormente são expostos por processos de meteorização e erosão conjugadas. 

A medida que as rochas sedimentares são erodidas o material é arrastado com refluxos das ondas e concentrado sob a forma de amontoados em linhas alongadas como mostrado na fotografia. 

Imagens obtidas do Departamento de Engenharia Geológica e Geofísica (GGED): https://www.facebook.com/GeoGeoEng
Https://www.facebook.com/photo.php fbid=374443219316957&set=a.205788222849125.47899.103644203063528&type=1&theater



Nota> Embora estas estruturas não sejam visualmente identificadas como concreções pois parecem muito com blocos de erosão típicos e, principalmente que as análises que tenho feito são preliminares e apenas de conteúdos de mídia, o contexto em que estas estruturas estão inseridas permitem uma melhor compreensão da gênese concrecional destes interessantes blocos com pode ser visualizado na foto 2 e indicados pelos círculos amarelos








Trovants 

pedras da Romênia que crescem e se movem sozinhas


Além das belezas naturais deste pequeno país do leste europeu, outro interessante ponto visitação geológica são os campos de concreções chamadas de “Trovants” e podem ser encontradas na pequena aldeia romena de Costesti(https://en.wikipedia.org/wiki/Coste%C8%99ti,_Vaslui)onde inclusive existe uma reserva natural e museu (Muzeul Trovantilator) inaugurada em 2004 e protegida pela UNESCO. [OddityCentral]  

Estas estruturas sui generis são concreções formadas dentro de arenitos e que são expostos à superfície por processos erosivos geralmente após ocorrência de chuvas. Os Trovants não só não fazem parte da ficção científica, como são incríveis fenômenos geológicos.

A palavra “trovant” é um sinônimo para o termo alemão “Sandsteinkonkretionen”, 
que significa “areia cimentada”. 

De fato as ciências geológicas não tem total entendimento sobre a gênese destas formas esféricas de areia que apareceram na Terra, porém uma das hipóteses que tem sido aventada para tais impressionantes estruturas é que estas foram formadas   por poderosas atividades sísmicas provavelmente ocorridos há 6 milhões de anos.

Descritivamente os Trovants crescem quando entram em contato com água onde após molhada os minerais começam se expandir, pressionando o conteúdo de areia interna e gerando o aspecto de "crescimento das pedras" à superfície. A partir então de pequenas pedras, de seis a oito milímetros, podem chegar de seis a dez metros de eixo maior. 

Ao serem cortados, os Trovants revelam anéis esféricos e elipsoidais, semelhantes aos troncos das árvores, onde supõe-se possuir um núcleo de pedra, com uma camada externa de areia. Depois de uma chuva forte, pedras menores se formam sobre as maiores – é por isso que são chamadas de pedras de crescimento.

Mas esta é apenas uma teoria. Experimentos conclusivos ou bem documentados nunca foram realizados sobre essas rochas bizarras. 







Através do site de Geologia da Libya (https://www.facebook.com/GeologyOfLibya
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=471254359624217&set=a.376933429056311.88581.376903132392674&type=1&theater) podem ser visualizadas mais imagens e informações.


O vídeo abaixo indicado é bastante interessante para quem quiser aprofundar um pouquinho mais sobre o tema: 

https://www.youtube.com/watch?v=pqAnLzwjqlg&feature=youtu.be









Bolas de Gude Naturais
A Natureza sempre surpreendendo!!!!

Os "mármores de Moqui" ou bolas de gude de Moqui são concreções de óxidos de ferro que aparecem dentro dos arenitos da formação Navajo (Utah, EUA) conhecida como monumento geológico nacional. 

Sua gênese esta associada a processos de erosão causada pela água e pelo vento que descobre estas peculiares estruturas concrecionárias.
que estão dentro dos arenitos que se vão acumulando nas partes baixas do relevo local. 






Do mesmo modo que as ocorrências de Moqui esta bolas de gude naturais são encontradas muito próximas dali e também denominadas por "Moqui Marbles" porém em arenitos Mesozoicos do Plateau do Colorado no estado do Colorado, bem vizinho ao estado de Utah, USA.
Sem dúvida um dos lugares a visitar na minha listinha!!!!
Cabe destacar que um dos resultados das pesquisas realizadas nestas concreções, baseando-se nas correlação de minerais de ferro e teores nas razões de Urânio/Tório (elementos radiativos com decaimentos isotópico conhecidos) indicando que este materiais são bons laboratórios para o entendimento da evolução do clima do passo, pois são formados em condições particulares de teor de umidade, composição química das águas subterrâneas antigas e fluxos hidrológicos sazonais por exemplo. A evolução destas estruturas diagenéticas neste contexto é datada como sendo do período Plioceno-Pleistoceno (abaixo de 25 milhões de anos).

Leia mais em: Reiners, P.W.; Chan, M.A.;Evenson, N.S.(U-Th)/He geochronology and chemical compositions of diagenetic cement, concretions and fractured oxide minerals in Mesozoic sand stones of the Colorado Plateau. In: GSA Bulletin; September/October 2014; v.126; no. 9/10; p.1363-1383.



CAPRICHOSAS CONCREÇÕES NAS PROFUNDEZAS DA TERRA 
PÉROLAS DAS CAVERNAS

Pérola das cavernas (calcáreos oolíticos) - Estas curiosas estruturas podem ser encontradas no interior de grutas e cavernas calcáreas por todo o mundo e são encontradas em formas e dimensões diversas desde perfeitamente esféricas, ovoidais a irregulares, embora em comum todas apresentem bordas arredondadas. São consideradas espeleotemas que se acumulam no chão de grutas quase sempre em pontos localizados locais com empoçamento de água. 
Internamente estas concreções são constituídas por sucessão concêntrica de finas camadas de calcita, tendo em seu núcleo algum material diferente que atuou como "germe" ou "semente" para a precipitação inicial das camadas sucessivas de calcitas. No geral estes espeleotemas atingem até 6 cm de diâmetro, podendo, em casos raros, chegar a 20 cm.  
A origem destes espeleotemas é motivo de controvérsia, acreditando a maioria dos estudiosos que para sua formação é necessário a existência de água em poças no chão da caverna. Esta água é enriquecida em sais dissolvidos que caem do teto da caverna, e o excesso de carbonato de cácio (acima do ponto de saturação) é precipitado e havendo partículas nesta água o carbonato se precipita ao redor das mesmas, e com o movimento permanente da água, as camadas vão se tornando cada vez mais esféricas à medida que o oólito cresce.
O tempo de evolução ou crescimento destes espeleotemas é muito variado e depende de uma série de fatores ambientais e geoquímicos, que inclusive podem indicar fatores paleoambientais do ambiente onde foram formados como relações isotópicas de hidrogênio, oxigênio e carbono que estão diretamente relacionados a paleoambientes quente e úmidos e frios e secos por exemplo. 
Depósitos antigos de calcários, como da Bacia Sedimentar de Itaboraí, Rio de Janeiro, possuem rochas formadas pela concreção destes oólitos o que indica que os mesmos também podem se formar a céu aberto, se as condições químicas e físicas permitirem. 
A existência de pérolas das cavernas com tamanhos maiores, portanto com peso elevado, é um argumento contrário a esta explicação.
A sequência de fotos apresentada foi obtida a partir do website SpeleoWorld https://www.facebook.com/SpeleoWorld/fref=photohttps://www.facebook.com/SpeleoWorld/photos/a.346623148756694.81070.346613982090944/621495217936151/?type=1&theater.






sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Vale de Bolas - Rochas esféricas misteriosas no Kazakistão


A região de Mangystau do Cazaquistão, perto das fronteiras do Turquemenistão e do Uzbequistão, é um lugar enorme e vazio

No total, abrange 165.600 quilômetros quadrados - uma área maior do que a Inglaterra. A geografia da região varia entre a tundra, pastagens, montanhas épicas e empoeirado, seca estéril deserto. O tamanho das concreções esféricas é de até 4 metros de diâmetro.

O tempo de origem é cerca de 180-120 milhões de anos atrás. Concretion - da palavra latina "concretio" - fusão, espessamento e são formações minerais arredondadas encontradas em rochas sedimentares, formadas, por alguma razão não inteiramente clara, em torno de grãos de minerais, conchas, dentes e ossos de peixes, resíduos vegetais, etc.


Como ocorre a concreção: "Uma concreção é uma massa compacta de matéria mineral, normalmente esférica ou em forma de disco, embutida numa rocha hospedeira de composição diferente. Esta massa dura e redonda de cimento de rocha sedimentar é levada a cabo por água subterrânea. As concreções, as rochas mais variadas do mundo sedimentar, ocorrem quando uma quantidade considerável de material de cimentação precipita localmente em torno de um núcleo, muitas vezes orgânico, como uma folha, um dente, um pedaço de casca ou um fóssil.



The Mangystau region of Kazakhstan, near the borders of Turkmenistan and Uzbekistan, is a huge, empty place. In total, it covers 165,600 square kilometers – an area larger than England.
The geography of the region varies between tundra, grasslands, epic mountains and dusty, dry barren wilderness.
They are round-shaped mineral formations found in sedimentary rocks, formed, for some not entirely clear reason, around grains of minerals, shells, teeth and bones of fish, plant residues, etc.
How concretion occurs:
“A concretion is a compact mass of mineral matter, usually spherical or disk-shaped, embedded in a host rock of a different composition. This hard, round mass of sedimentary rock cement is carried into place by ground water. Concretions, the most varied-shaped rocks of the sedimentary world, occur when a considerable amount of cementing material precipitates locally around a nucleus, often organic, such as a leaf, tooth, piece of shell or fossil.”
Read more : http://www.geologypage.com/2016/10/valley-of-balls.html#ixzz4WH11XxDw 
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The size of spherical concretions is up to 4 meters in diameter. The time of origin is about 180-120 million years ago. Concretion – from the Latin word “concretio” – fusion, thickening.