quarta-feira, 7 de junho de 2017


Achados no Museu Nacional!!!!

Pesquisando o acervo digital disponibilizado pelo Museu Nacional me deparei com estas duas interessantes ocorrências de Concreções Geológicas que disponho aqui para os interessados:



segunda-feira, 20 de março de 2017





Nem tudo que reluz é Ouro!!!

A postagem de hoje é para alertar aos amantes e caçadores de concreções que, mesmo que praticamente todas as ocorrências que aqui registramos ao longo das postagens apresentem forma subesféricas e esféricas e portanto formando quase um padrão geral!!! Até ai de fato consensuamos sobre a forma predominante das concreções mas sabemos também que há muita coisa entre o Céu e Terra e nem tudo que reluz é ouro. 
Desta feita, peço ao leitor que observe a foto abaixo e se estas imaginando ser mais uma localidade com ocorrência de concreções grandes e esféricas se enganou!!!

A Revista National Geographic (NGS) apresenta no seu volume de Janeiro de 1961 um artigo intitulado "Old-New Iran" e dentro do qual na pagina 27 me deparo com a foto abaixo já imaginando, como disse, tratar-se de ocorrências de bolas de pedra perfeitas, tipicas de concreções!!!!
Se por aqui estamos acostumados com bolas metálicas como munição dos canhões históricos lá nas paragens iranianas, fabrica-se balas de rocha...e pode ser brevemente descrito no texto abaixo transcrito do artigo no seu original.



terça-feira, 7 de março de 2017

concreções da ìndia




5 Ironstone Concretions Naturally formed balls, 9/16" to 1 1/4" Moqui Marbles Indian marbles Spherical Balls, Sandstone Decor


This listing is for 5 naturally formed spherical balls, which are also known as Moqui marbles (depending on the region), Shaman stones, Ironstone Nodules & Indian marbles; among other names. 
This is the exact set you will be receiving.

I collected these from our property and along an old dry creek beds in this area. 

The sizes range from 9/16" to 1 1/4". Please refer to the images above for further information.

Concretions consist of iron that have an outer shell consisting of hematite with a sandstone center.

https://www.etsy.com/listing/513481785/5-ironstone-concretions-naturally-formed?ref=market





http://www.maria-online.com/jewelry/article.php?lg=en&q=Concretionary

 

Septarias Guane Santander

sábado, 18 de fevereiro de 2017


Um novo achado!!!!

Este artigo eu encontrei na Revista National Geographic Americana e logo me encantei com a possibilidade deste achado geológico que ainda que não esteja explicitamente referido como uma concreção clássica, muito se assemelha a um processo de concrecionamento como poderá ser verificado no texto primoroso que transcrevo e traduzo para enriquecer o blog.

Fonte original do artigo: 

Traduzido do original "Solving the Mystery of Mexico´s Great Stone Spheres"
by Matthew W. Stirling
photographs by David F. Cupp
National Geopgraphic Magazine, August, 1969, p. 294-300 












https://www.youtube.com/watch?v=OsYjzdqxUqY

https://www.youtube.com/watch?v=vTzO558Efd8

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017


Cheguei até esta matéria que versa sobre mais uma inusitada ocorrência de esferas gigantes de rocha, desta vez no interior da Costa Rica a partir do artigo da postagem anterior "Solving the mystery of Mexico´s Great Stone Spheres" (*), onde o autor da referida matéria cita esta ocorrência na Costa Rica estudada pelo pessoal do Instituto Smithsonian , no ano de 1965.

Com certa dificuldade consegui obter o número da revista e transcrevo e traduzo apenas  a parte do texto da matéria original intitulada "Costa Rica, free of the volcano veil"(**) que traz referência as esferas misteriosas da Costa Rica referidas no artigo citado. 







(*)   National Geographic Magazin. August, 1969. pg 294-300. "Solving the Mystery of Mexico´s Great Stone Spheres"vby Matthew W. Stirling. Photographs by David F. Cupp.
(**)  National Geographic Magazin. Vol. 128. No.1 July. pg 125-143. Autor: Robert de Roos  (foto ao lado)
   

As esferas de pedra mantém-se como mistério!

Cruzamos a longa ponte sobre o Rio Grande de Terraba - uma das 43 pontes entre San Isidro e a fronteira do Panamá e seguimos o cânion do Terraba até Palmar Norte. A região de Palmar é um tesouro arqueológico e portanto justificava nosso desvio para visitar a planície de inundação pontilhada com bolas de pedra monolíticas. 
Pelo menos 70 destes vestígios misteriosos associados a uma suposta cultura desconhecida foram encontrados perto de Palmar. O material encontrava-se coberto de lodo até 1938, quando a pessoal da empresa Unit Fruit Company limpou a área para cultivo de banana, uma das principais culturas da economia do país. 
Algumas esferas similares são relatadas em localidades de Honduras, Honduras britânicas (Atual Belize) e no México (*). 

As ocorrências da região de Palmar variam desde a dimensão de um grapefruit até dimensões superiores a um homem, pesando cerca de 16 toneladas. Com o abandono parcial do cultivo da banana nesta região, a terra passou a ser utilizada para o cultivo do milho, com a técnica usual de corte e queima. Como resultado, muitas das bolas estão agora total ou parcialmente expostas e algumas estão sendo danificadas pelo fogo. Outros foram dinamitados e destruídos após um rumor de que as pedras continham ouro. 



Figura 1: Aspecto de uma esfera gigante de basalto dentre as centenas encontradas na região pelos 
arqueólogos. Pesam cerca de 16 ton e 7.03 pés de diâmetro

O Dr. Matthew W. Stirling, do Smithsonian Institution, membro do Comitê de Pesquisa e Exploração da National Geographic Society ficou admirado com a recente viagem arqueológica à Costa Rica onde pode encontrar e estudar o material que como já mencionada apresenta exemplares que variam de sete ou oito pés de diâmetro a menos de um quarto de polegada soba forma de esferas perfeitas, disse ele!!!! Este é um dos achados arqueológicos mais notáveis ​​no Novo Mundo.

"Nosso conhecimento da arqueologia desta região é tão incompleto que não sabemos o que período esta bolas foram feitas", continuou o Dr. Stirling, diretor de longa data do Bureau de Etnologia Americana do Smithsonian. "Cerâmicas com data relativamente recente de cerca de um século antes de Colombo foram encontradas em associação com algumas das bolas, mas é possível que as esferas sejam herança de uma época muito anterior.


É estranho não haver qualquer registro dos primeiros espanhóis que estiveram na região!!!


O pessoal contratado para trabalhar no local nos pergunta frequentemente como pensamos que estas bolas foram feitas e quando confesso ignorância e que voluntariamente as informações obtidas junto aos locais, verificamos que o folclore índio atribuem a um líquido que se derramou sobre pedra para amaciá-la, tornando-o mais fácil de esculpir na forma em que se encontram...

"Sabe-se que as figuras de pedra nesta área foram esculpidos a partir de um cinza vulcânica consolidada, que é macia quando recém depositadas, mas depois endurece quando expostas. As bolas, no entanto, são feitas de basalto duro."  Uma das  questões intrigantes que se coloca:  Como elas foram feitas por um povo sem ferramentas de metal? 

O Dr. Doris Stoone, Presidente do Conselho de Administração do Museu Nacional da Costa Rica, acredita que fez as pedras devem ter sido lascadas até próximas ao seu tamanho e depois trabalhadas com abrasivos - provavelmente areia.


"Costa Rica" fazendo juz ao nome??


Estas esferas foram consideradas como símbolos religiosos, ferramentas astronômicas ou mesmo marcadores de cemitérios ou mesmo terem servido de guias para as grandes rotas comerciais de culturas antigas que convergiram para Costa Rica, disse  Carlos Balser do Museu Nacional do país. "Assim como as plantas e os animais do norte e do sul se encontravam na Costa Rica que fora um marco do comércio natural à época".


Como eu estava ao lado de um dos grandes bolas de pedra, eu imaginava embaixadores cobertas de penas de tribos mexicanos misturando-se com os indígenas vestidos de algodão do Panamá, e os comerciantes do Peru, terra dos grandes e orgulhosos Incas."


Palmar tem rendido muito material dos registros em ouro das culturas antigas da Costa Rica: lindamente fundidos soba a forma de pequenas rãs, águias, jacarés, sinos, e figuras humanas. A diversidade de ornamentos de ouro que chegavam ás mãos dos espanhóis foi provavelmente o que levou os primeiros espanhóis a chamar o local de Costa Rica e há registros de Colombo que os índios relatavam sobre a ocorrência de muitas minas de ouro lá....  





Figura 2: Imagens originais do artigo de 1965 ilustrando as peças arqueológicas em ouro encontradas na região. (A) peças em ouro delicadas (pendentes) provavelmente feitas com finalidades ritualísticas para a morte e são representadas como sapos, iguanas, águias como divindades animais. A maior parte da coleção de tesouros destas peças encontra-se no Banco Central do país em San José. Em (B) pequenos pingentes para pernas em ouro maçico representando sapos que simbolizam a importância da água; (C) Deus em forma de crocodilo com focinho e escalas triangulares nos braços onde sustentam pequenas águia em cada mão e um macaco de duas caudas individuais sobre a cabeça; (D) Escavação de sepulturas indígenas a expedição da National Geographic Society liderada pelo Dr. Matthew W. Stirling e sua esposas encontraram muitos dos objetos apresentados. Na foto o Dr. Stirling acaba de escavar um possível triturador de três pernas feitos em rocha; (E) pássaro-homen em jade azul permaneceu com polimento ao longo de séculos enterrado e segundo os cientistas que examinaram o material acreditam que a partir de eixos rituais pertenciam a povo mais primitivos. Fonte: NSM, 1965.      

O panorama atual realizada por nossa pesquisa baseada nas indicações das localidades do artigo original nos permitiu além de localizar através do Google Maps a região onde estavam relatadas as ocorrências e curiosamente para nossa grata surpresa identificar a existência de uma espécie de parque ou local onde estão preservadas, em parte, algumas das esferas (https://www.google.com.br/maps/place/ParqueLasEsferasProvinciadePuntarenas,PalmarSur,CostaRica). 


Nota do Autor>  Ainda que eu não tenha pesquisado em maior detalhe artigos científicos acerca da gênese das esferas da Costa Rica, me parece muito salutar atribuir a estas ocorrências uma gênese muito próxima as ocorrências do México e razoalvelmente bem explicadas no artigo citado de 1969. Digo isto pelo fato principal de ocorrerem em contexto vulcano sedimentar muito similar, além da composição e dimensões descritas ao longo do artigo!!! Embora pelas fotos atuais do "Parque Las Esferas" parece que não mais se encontrem em suas posições originais, representa uma grata surpresa a preservação preservação das esferas e quem sabe um dia desses vamos até lá estudar mais de perto o material!!!! Fica a Dica!!!!   




Figura 3: Localização da área de ocorrências das esferas próximas aos locais relatados no artigo original e em detalhe imagens atuais obtidas no google maps ilustrando a existência de um parque local destinado a preservação das esferas misteriosas.

Veja também em: 
http://www.world-mysteries.com/guest-authors/stone-balls-spheres-costa-rica/

sábado, 4 de fevereiro de 2017


Nem tudo esférico é concreção!!!!

Um achado da National Geographic na Costa Rica: " Costa Rica, Free of the Volcano´s Veil, by Robert de Roos, July, 1965


domingo, 15 de janeiro de 2017


Outros oólitos na Formação Peyto?  

No blog da AGU (Americam Geological Associtation) - http://blogs.agu.org/mountainbeltway/2014/12/23/oncoids-peyto-formation/) encontramos uma referência interessante sobre possíveis ocorrências de estruturas oolíticas encontradas por estudantes próximo aos Lagos de Moraine, no Banff National Park, nas rochosas canadenses.



Uma procura no google acadêmico me levou a encontrar esta referência sobre ocorrências de concreções em sedimentos glaciais na Noruega e cujo acesso possível foi apenas do abstract da descoberta a qual cito na íntegra e copio o link para aqueles realmente interessados em pagar pelo acesso ao texto na íntegra. Também não consegui imagens ainda destas ocorrências...

Concretions in Glacial Sediments at Seglvatnet, Norway
Wilfred H. Theakstone

Concretions in Pleistocene glacial sediments at Seglvatnet, Norway, include a wide variety of forms, the simplest of which apparently reflects relatively uniform growth rates in different directions; the preferred orientation of others may be associated with water movement through the sediments. Concretion shape generally is influenced by the grain size and bedding of the enveloping sediments. Some concretions may have formed during, or soon after, deposition of the sediments; others are forming at present.

Wilfred H. Theakstone. Journal of Sedimentary Petrology. Vol. 51 (1981)No. 1. (March), Pages 191-196. http://archives.datapages.com/data/sepm/journals/v51-54/data/051/051001/0191.htm

sábado, 7 de janeiro de 2017

Súmula do Livro Elementos de Estratigrafia sobre as Concreções


Trechos do livro Elementos de Estratigrafia
Autor: Josué Camargo Mendes
Editora da Universidade de São Paulo, 1984
Vol. 12, 566 pags
ISBN 85-85008-16-4

A partir da análise deste livro emprestado de meu amigo geólogo Márcio Roberto Andrade Magalhães avaliei interessante transcrever aqui os textos deste livro onde são referidos aspectos das concreções de modo que o leitor e curioso no tema possa porventura em seus estudos, tomar suas próprias conclusões e indagações com base no texto original deste importante autor.

Segue então:
Pág. 105 - Capítulo Diagênese e estruturas diagenéticas 

Subítem 7.2 - Concreções e Nódulos

As concreções (concretions) e nódulos (nodules) são estruturas encontradas nas rochas sedimentares, que se apresentam com a forma esférica ou elipsóide, isoladamente ou soldadas, variando em tamanho, de milimétricas a decimétricas, ou mesmo maiores, mas sempre diferindo em composição da rocha hospedeira (host rock). Parecem resultar de segregação (segregation) ou metassomatismo. 

Os sedimentólogos entendem por segregação uma concentração secundária de constituintes menores do próprio sedimento hospedeiro, resultante de uma redistribuição química dos mesmos. Quanto ao metassomatismo, conforme se esclareceu há pouco, trata-se de um processo químico particular que envolve, frequentemente, a introdução de material estranho ao sedimento ou rocha hospedeiros. Ambos os processos ocorrem, pois, no interior dos sedimentos ou rochas (no que se se distinguem geneticamente as concreções e os nódulos de seixos, calhaus e matacões) e têm lugar na fase diagenética.

Compõe-se essas estruturas de material carbonático, sílex, fosfatos, pirita, óxido de ferro, etc. Há autores que supõe uma origem singenética para algumas delas (caso dos nódulos de manganês que se formam atualmente no fundo do mar, por exemplo); entretanto, parecem ter-se formado na maioria dos casos, pós-deposicionamente, quando os sedimentos ainda não se achavam litificados (diagenéticas) ou após sua litificação (epigenética) (epigenetic) (Pettijohn, 1975).

Um exame detido da inter-relação entre as mesmas e as respectivas hospedeiras e o conhecimento da sua composição pode auxiliar na distinção entre concreçoes ou nodulos diagenéticos e epignéticos. Os primeiros produzem deformação nas lâminas ou camadas envolventes, similares às causadas por seixos; mas há sempre o risco de se deverem tais deformaçao à compactação da matriz contra um corpo resistente (pettijohn, op. cit.).

Os segundos são facilmente reconhecíveis quando os planos de estratificação os atravessam. Na verdade, a gênese dessas estruturas continua a ser matéria de controvérsia em numerosas ocorrências, assim como a própria distinção entre concreção e nódulo.
Pettijohn (op. cit) chama a atenção para a confusão existente na literatura quanto ao uso dos dois nomes. De acordo com muitos autores as concreções possuem, via de regra, uma estrutura interna decorrente do crescimento por acreção, estrutura essa que falta, normalmente, nos nódulos.  

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017


Concreções Falsos Ovos

Na internet esta semana encontrei desprentenciosamente uma interessante ocorrência de uma concreção peculiar encontrada no continente africano, que de tão raro encontrar maiores referências, pelo menos em pesquisas não científicas em periódicos e revistas da área, fiquei apenas restrito a um breve relato de viagen de uns aventureiros americanos junto com alemães no norte da Africa, pelo menos assim é que se descreve no blog consultado (em alemão inclusive: link: http://plantsandrocks.blogspot.com).

A referência à concreção é muito breve e superficial, pois não foi o tema central do blog, contudo pelo texto observa-se que foram relatados quando da passagem da expedição por uma localidade denominada Madama e também Dao Timmi, e que a primeira procura no Google Earth nos remete de fato ao centro do continente africano mais precisamente próxima a divisa entre o Níger e a Líbia, no meio do deserto do Saara Africano. 

No texto as estruturas são ainda referidas como pseudo ovos fossilizados, e também denominadas de herausgewitterten.

O que faz sentido sendo de onde extrai a matéria sobre as concreções de um blog sobre pesquisadores alemães. Em princípio são apenas estas as informações que possuo e que foram obtidas no link: http://plantsandrocks.blogspot.com.br/



quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Nesta linha de prospectar registros de ocorrências de concreções geológicas me deparei, a partir da leitura do texto do livro do Branner sobre concreções (citado na postagem anterior), com duas outras obras raras e de importância capital para a compreensão tanto dos aspectos históricos como científicos das concreções e que pode ser acessado pelos links:


Um dos primeiros livros brasileiros sobre Geologia editado em por Branner já se referia às concreções geológicas